Para atender uma demanda crescente, que envolve o setor de hotelaria, a equipe da Talento Incluir selecionou oito dicas para tornar hotéis mais inclusivos no Brasil.
A proposta partiu da sócia fundadora da Talento Incluir, Carolina Ignarra, que apontou os principais cuidados que a rede hoteleira deve observar para proporcionar uma experiência positiva durante a estadia de pessoas com deficiência.
De acordo com dados divulgados no relatório do Ministério do Trabalho, o número de pessoas com deficiência que conseguiram um emprego formal no Brasil aumentou 5,5% entre 2016 e 2017, este número significa 441 mil pessoas ocupando vagas formais em regime CLT.
Mercado do turismo merece hotéis mais inclusivos

Esse aumento da inclusão no mercado de trabalho revela o crescimento do poder de consumo deste público. Diante da melhora e do desenvolvimento socioeconômico das pessoas, tanto o setor hoteleiro quanto os negócios precisam se preparar para atender com qualidade os consumidores com deficiência de forma adequada e compatível com as necessidades de cada pessoa.
Atenta a esse movimento, a Talento Incluir, uma consultoria que já viabilizou empregos e desenvolvimento profissional a mais de cinco mil pessoas com deficiência em 10 anos de atuação, tem treinado e participado do processo de inclusão nas principais redes de hotéis do país.
Seguindo estas dicas, o setor hoteleiro terá oportunidades de crescimento dos negócios e aumentará seus resultados financeiros se estiver preparado para atender com excelência à crescente demanda das pessoas com deficiência.
“Quando eu, que uso cadeira de rodas, viajo com minha filha, que não tem deficiência, se o hotel não estiver preparado para me atender, consequentemente, ela não se sentirá bem atendida. Nesta linha, percebemos que não é apenas o público com deficiência (24% da população brasileira) que deixamos pra trás, quando não há acessibilidade e cultura de inclusão, deixamos de atender pelo menos, o dobro desse número”, conclui Carolina Ignarra.
Confira as oito dicas para tornar os hotéis mais inclusivos:
1. Acessibilidade arquitetônica é importante, mas não é o tudo. A quebra de barreiras atitudinais, ou seja, o atendimento inclusivo é o que fará a diferença, caso o local ainda não esteja estruturalmente acessível;
2. Invista em treinamentos a todos os funcionários para promover a cultura de inclusão para tornar o atendimento aos hóspedes com deficiência um procedimento natural, respeitoso, superando as expectativas;
3. Ter na equipe pessoas com deficiência gera empatia e confiança, pois essa convivência auxilia na identificação das melhorias nas estruturas e na comunicação com o público em condição semelhante;
4. Aproximar-se espontaneamente do cliente com deficiência para entender as necessidades específicas e aproveitar a opinião deles para realizar as melhorias propostas;
5. Proporcionar a esse público a mesma experiência de hospedagem oferecida aos demais clientes, cuidando para o atendimento não ser exagerado e nem virar ‘paparicação’ ou ‘infantilização’;
6. Toalhas e controles remotos devem sempre estar ao alcance de pessoas com nanismo, usuárias de cadeira de rodas ou com dificuldade de extensão de braços;
7. Sanitários acessíveis não devem ser utilizados como dispensa ou depósito;
8. Pessoas com deficiência intelectual devem ser tratadas como crianças apenas se forem crianças.
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