No domingo, São Paulo e Avaí se enfrentaram pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro em uma partida especial, que contou com a atuação de gandulas com deficiência.
O grupo, formado por dez paratletas, sendo sete cadeirantes e três amputados (que usam próteses), foram os responsáveis por buscar as bolas jogadas para fora do campo, em uma ação promovida pela MRV Acessível, empresa patrocinadora do São Paulo Futebol Clube.
Gandulas com deficiência
Segundo o diretor executivo de marketing do clube paulista, a ação teve o objetivo de promover discussões sobre acessibilidade e inclusão. “O clube acredita que atitudes como essa significam a oportunidade de trazer a integração total do indivíduo e a quebra de barreiras por meio do esporte.”
A paratleta do basquete em cadeira de rodas, Paola Klokler, 28 anos, garante que essa oportunidade foi importante para mostrar que pessoas com deficiência são capazes de fazer o que quiserem. “Depois do basquete, passei a me ver de outra maneira. Durante a infância, eu me achava inferior às outras crianças. Isso mudou. Entendi que eu era capaz de tudo e foi assim desde então. Faço tudo sozinha, dirijo, viajo e não dependo de ninguém. A gente pode fazer o que quiser, inclusive ser gandula”, conta.
Os paratletas que atuaram como gandula foram selecionados pela Associação Desportiva para Deficientes (ADD).