Por: Adriana Dutra*
O futebol em cadeira de rodas motorizada é uma modalidade paradesportiva, conhecida no mundo como Power Soccer ou Powerchair Football.
Um esporte disputado em equipe, por homens e mulheres de qualquer idade, que usem cadeira de rodas motorizada para sua locomoção diária.
Esses participantes incluem pessoas com tetraplegia, esclerose múltipla, distrofia muscular, paralisia cerebral, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, lesão medular e outras deficiências que causam comprometimento nos membros inferiores e superiores, e que não possam praticar outras modalidades paradesportivas.
O Power Soccer é um esporte rápido e dinâmico, incentiva o trabalho em equipe e desenvolve habilidades esportivas que melhoram a vida das pessoas com deficiência física.
Criada paralelamente no Canadá e na França, no final dos anos 1970, a modalidade se espalhou pelo mundo, com algumas adaptações. Em 2006, em uma reunião de todos os países praticantes do Power Soccer, as regras foram unificadas e também foi criada a Federação Internacional de Futebol em Cadeira de Rodas (FIPFA), com sede em Paris, na França.
A modalidade chegou oficialmente ao Brasil em 2011, no Rio de Janeiro (RJ), com a criação da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas (ABFC), reconhecida pela FIPFA.
As regras do Power Soccer
A modalidade é praticada em uma quadra com tamanho padrão do basquete, com 14-18m x 25-30m (em proporções mínimas e máximas), e cada equipe é composta por oito jogadores, sendo quatro jogadores na quadra por vez (três na linha e um no gol).
A bola tem 32,5cm de diâmetro e o jogo consiste em dois tempos de 20 minutos, com um intervalo de 10 minutos.
Durante a partida, a bola é conduzida com a ajuda do footguard, uma espécie de proteção colocada na frente da cadeira de rodas, através de dribles e passes. Treinadores estão autorizados a jogar, mas precisam estar inscritos na lista da equipe como treinador e jogador.
Assim como no futebol, o objetivo do Power Soccer é fazer gols e vence quem marcar mais vezes. A equipe de arbitragem é composta por um juiz e dois assistentes e a cadeira de rodas tem obrigatoriamente que ser motorizada e estar equipada com o footguard, dentro dos padrões da competição.
Subdivisões do Power Soccer
Os atletas são divididos em duas classes: PF1, para pessoas com maior comprometimento físico e PF2, para pessoas com comprometimento moderado. Cada equipe deve ter dois atletas de PF1 por partida.
Centros de treinamento do Power Soccer no Brasil
Se interessou? Que tal conhecer um pouco mais da modalidade em um dos centros de treinamento de Power Soccer no Brasil?
No site da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas você confere os principais clubes do país.

*Adriana Dutra é advogada, presidente da Atitude Paradesportiva, ONG que ajudou a criar em 2010. Atua com esporte adaptado há 10 anos, incentivando a prática de atividade física, dando oportunidade de treinamento e organizando eventos para a divulgação e fomentação das modalidades adaptadas.
Com informações da Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas
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