Nesta primeira quinzena de outubro o Instituto Mano Down vai iniciar uma iniciativa pioneira no Brasil: uma pesquisa quantitativa para mapear a incidência de pessoas com deficiência e, em especial, com a síndrome de Down em Belo Horizonte.
A pesquisa será conduzida pelo Instituto Vox Populi e a expectativa é que sejam entrevistadas mais de 2 mil famílias, entre os meses de outubro e novembro.
O propósito é buscar informações mais assertivas sobre a quantidade de indivíduos com deficiência, qual o perfil delas e se possuem alguma outra deficiência física, intelectual ou mental associada, e sanar uma lacuna que há muito tempo dificulta políticas públicas para estas pessoas. A previsão é que os dados sejam apresentados até a primeira semana de dezembro.
Segundo o idealizador e presidente do Instituto Mano Down, Leonardo Gontijo, “é fundamental conhecer esse cenário para que possamos juntos tirar as pessoas com deficiência da invisibilidade social e definir programas e políticas públicas para a construção de uma sociedade mais justa, humana e inclusiva”.
Ainda de acordo com Leonardo Gontijo, a Lei Brasileira de Inclusão Nº 13.146, estabelece no artigo 92, a criação do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), com o registro público eletrônico para coletar e sistematizar as informações de identificação da pessoa com deficiência. No entanto, o cadastro ainda não é efetivo. “Embora a lei estabeleça isso e seja considerada um avanço normativo, na prática, não foi efetivada. E hoje não temos dados e indicadores suficientes para análises”, esclarece.
Atualmente a maior parte dos indicadores presentes nos estudos, notícias e demais divulgações que dizem respeito às pessoas com deficiência utiliza como referência os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a realização do Censo Demográfico 2010, que segundo muitos pesquisadores não representa a realidade brasileira.
Sobre o Instituto Mano Down
Instituto Mano Down é uma organização sem fins lucrativos, que desenvolve projetos e programas focados no desenvolvimento de potencialidades e na busca de autonomia das pessoas com síndrome de Down (T21).
Idealizado e criado por Leonardo Gontijo, o Instituo nasceu em 2010 do desejo de dar “vez e voz” para as pessoas com Down e de criar oportunidades para que elas possam ser reconhecidas por suas capacidades. A história surgiu do amor de Leonardo por seu irmão caçula, o Eduardo – também conhecido como Dudu do Cavaco – que tem a síndrome de Down.
Hoje são mais de 200 pessoas com síndrome de Down e outras deficiências intelectuais atendidas pelo Instituto e milhares de pessoas impactadas, direta ou indiretamente, pelas ações do Mano Down.
Realizado na Casa Modelo, localizada no bairro Alto Barroca, região Oeste de Belo Horizonte (MG), o trabalho do Instituto contempla todas as fases de vida da pessoa com deficiência – bebês, crianças, jovens, adultos e idosos. As ações incluem: acolhimento das famílias, intervenção precoce de saúde (fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia), inclusão escolar, oficinas culturais e esportivas, mobilização para autonomia, inclusão no mercado de trabalho e envelhecimento saudável.
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