Fazer com as pessoas e não por elas é o que guia o trabalho da psicóloga clínica e fotógrafa Marta Alencar, criadora do personagem Tina Descolada, uma jovem cadeirante. Por ter este propósito em comum, Marta (e Tina) elaboraram em conjunto com a equipe do projeto Diversidade na Rua, da Mercur, o tema do Debate Aberto do mês de setembro: Inclusão na hora de brincar.
O debate acontece no dia 18/9, a partir das 19h30, com mediação da profissional, por meio da plataforma do Diversidade na Rua.

Marta explica que se a criança – seja ela com deficiência ou com outra condição atípica – participa ativamente de brincadeiras em grupo e é respeitada nas suas características diversas, terá mais chance de ter uma autoimagem e autoestima positiva.
“É por meio do brincar que as crianças desenvolvem a formação de sua personalidade, é onde elas experimentam situações, organizam suas ações, processam informações, se colocam no lugar do outro. A autoestima é uma mola propulsora para o ser humano, ser aceito e amado como se é, considero que é uma boa base para o bem estar psíquico e emocional”, afirma.
A personagem Tina Descolada
Tina é uma boneca cadeirante e, segundo sua idealizadora, a inclusão começa quando um brinquedo representa as diferenças humanas e é capaz de promover a educação inclusiva de forma mais natural e também quando se cria espaços para a convivência com a diversidade.
A personagem foi criada após Marta publicar o livro de fotografia Inclusão: olhares e possibilidades, em 2011. Para a publicação, foram fotografadas 115 crianças com deficiência física da Associação Mineira de Reabilitação (AMR) onde atua como psicóloga clínica.
Um dos trabalhos de Tina é a realização das oficinas de corações solidários, em que os monitores são pessoas com deficiência, familiares e representantes da diversidade humana que orientam a criação de arte com materiais de descartes. Em um de seus relatos sobre a atividade no blog Tudo bem ser diferente há um depoimento sobre a experiência de um menino chamado Heitor. “Ele, além de curtir, adquiriu muito para sua coleção de experiências úteis para a vida. Como conviver com diversos tipos de pessoas e respeitá-las em suas maneiras de expressar a criatividade e ainda que cada um tem um ritmo diferente para aprender. O Heitor teve também oportunidade de escolha, de ter iniciativas, de trabalhar a coordenação motora grossa e fina ao fazer seu lindo coração solidário”, conta.
Por ser aberto ao público, qualquer pessoa que tenha interesse no tema pode participar do debate, basta acessar o site do Diversidade na Rua/Debate.
O formato é como o de um fórum: as questões são lançadas pelos participantes e todas as respostas podem ser replicadas. Para interagir é preciso fazer um cadastro rápido e simples.
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