A pandemia da Covid-19 mexeu com todos os centros de equoterapia alterando desde ao aspecto financeiro, como funcional e a demanda de atendimentos.
A equoterapia ao qual toda a estrutura de atendimento se baseava ao ambiente natural de contato com o cavalo, ao ar livre, espaçoso, sentindo os estímulos diferenciados, contato físico, contato direto e atendimento ao hoje considerado grupo de risco, sofreu mudanças com a pandemia.
Quais seriam essas mudanças?
Muitos centros de equoterapia sentiram dificuldades quanto ao aspecto financeiro que provocou não só a preocupação com o quadro de composição dos funcionários, contudo a manutenção de toda a estrutura arquitetônica e os cuidados com os cavalos. Como se diz o ditado: o cavalo come, porém não só come, como precisa de cuidados adequados e serem assistidos pelo veterinário.
Alguns centros de equoterapia que se encontram dentro do epicentro da pandemia, não retornaram ainda, outros perderam seus parceiros, padrinhos e praticantes particulares. Alguns não receberam do governo ao qual são conveniados e com redução de porcentagem em atendimentos comprometendo financeiramente o funcionamento, por fim alguns desistiram de dar continuidade por não suportarem tantas perdas e não conseguindo se manterem nesse momento.
Os centros de equoterapia apresentam muitos custos, até mesmo porque a manutenção dos cavalos é cara e independentemente dos padrinhos, parceiros e governo não auxiliarem, os custos continuam.
E nos atendimentos, quais foram as alterações?
Os contatos físicos diretos que sempre existiram, estão mais restringidos, não se tem o abraço de cumprimento, o aperto de mão, o cheiro, ou até mesmo o beijo e o afago. Os cavalos também perderam com isso.
Mal se vê o rosto de cada um, sorriso e até expressões faciais, afinal, todos se encontram de máscaras e poucos têm uma máscara inclusiva transparente.
Os profissionais se encontram com equipamento de proteção individual (EPIs) para preservarem a sua saúde e dos praticantes, com uma rotina aguçada de prevenção com álcool em gel, álcool líquido e produtos sanitários o período todo buscando a não disseminação do possível Coronavírus.
O distanciamento entre todos no momento de espera para as sessões de equoterapia, com processos de higienizações supremas e constantes de todos os ambientes de locomoção, sanitários e locais de espera e atendimento.
A máscara é uma incógnita para alguns praticantes com dificuldades sensoriais, instabilidades comportamentais e quadros de saturação baixa, entre outras situações, algumas famílias também insistem em não utilizar a máscara ou utilizarem de forma inadequada. Precisamos o tempo todo realizarmos orientações constantes. A máscara é importante para a prevenção e precisa ser usada por todos praticantes e familiares.
Aferimento de temperatura corpórea de todos os funcionários, praticantes, famílias e equipe. Reorganização e higienização de todos os equipamentos utilizados e encilhas para as trocas de praticantes nas sessões, inclusive a higienização dos profissionais. As mãos quentinhas de vários equoterapeutas foram trocadas por luvas em seus atendimentos, ainda com cuidados específicos para praticantes alérgicos a látex.
Vários centros de equoterapia, optaram em orientar os seus profissionais sobre a necessidade da realização do Curso do Manejo do COVID19 pelo SUS ou pelo Ministério de Saúde, inclusive na construção de protocolos para o retorno dos atendimentos.
O não retorno aos atendimentos dos praticantes com comorbidades, fomentando o grupo de risco na equoterapia, isto é, atendimentos de quadros diagnósticos que ainda não retornarão aos atendimentos.
Como toda mudança, a equoterapia também mudou, precisou adotar medidas amplas de prevenção a saúde de seus profissionais, praticantes e familiares, entretanto as maiorias dos centros de equoterapia ainda não se encontram atendendo os seus praticantes em sua totalidade.