Hoje é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM), uma doença neurológica, crônica e autoimune que acomete mais de 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo.
Considerada uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, a Esclerose Múltipla é lembrada no dia 30 de maio, em todo o mundo, com eventos organizados pela Federação Internacional da Esclerose Múltipla.
Estudos recentes, apontam o aumento do número de casos da Esclerose Múltipla, fato que vem preocupando especialistas. Apesar de ser mais comum nas regiões mais afastadas da linha do Equador, indícios apontam aumento do número de casos também na América Latina, como registra revisão da Universidade Veracruzana, no México, e estudo Registro de Esclerose Múltipla na América Latina e Caribe , do Instituto de Neurologia da Universidade La República, no Uruguai.
No Brasil, associações de pacientes como a ABEM, estimam que 35 mil pessoas tenham a doença.
Entendendo a Esclerose Múltipla

Trata-se de uma doença neurológica, crônica e autoimune na qual as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões no cérebro e na medula.
De causa desconhecida, a doença acomete pacientes geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos. Segundo a Federação Internacional, a Esclerose Múltipla não tem cura.
Entre os sintomas estão:
. Fadiga intensa;
. Depressão;
. Distúrbios visuais;
. Fraqueza muscular;
. Alteração do equilíbrio da coordenação motora;
. Dores articulares;
. Disfunção intestinal e da bexiga.
Tratamento

Recentes estudos têm indicado que a utilização de produtos a base de cannabis pode ajudar a reduzir os sintomas em muitos pacientes.
Segundo o médico e diretor associado global da Spectrum Therapeutics, Dr. Wellington Briques, “há resultados bastante positivos na utilização dos canabinóides (THC e CBD) na diminuição da rigidez muscular causada pela Esclerose Múltipla. Um estudo realizado pelo Journal of Neurololy, Neurosurgery and Psychiatry, com 1615 pacientes com espasticidade moderada a grave e resistentes aos medicamentos anti espásticos comuns, demonstrou que 70,5% dos pacientes tiveram uma melhora nesta condição após o uso dos canabinóides”, relata o especialista.
Ele completa: “em um estudo com doses de THC e CBD em proporções iguais, ficou demonstrado que a melhora na espasticidade (rigidez) se mantém ao longo do tempo, o que é confirmado pelas evidências na prática clínica diária. Além disso, a terapia com canabinóides é em geral bem tolerada, segundo o documento”.
O médico acrescenta ainda que o efeito terapêutico dos canabinóides sobre a dor crónica é também objeto de estudos clínicos em curso. “Os canabinóides estão encontrando mais espaço no moderno arsenal terapêutico e, apoiados pela pesquisa, cada vez mais países têm feito progressos no uso da cannabis medicinal, ajudando a desfazer o estigma nocivo provocado por décadas de proibição”.